terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Bloquear (de)mente


Este bloquear de mente que não me deixa estar como gostava de me poder apresentar a mim mesmo, estas virgulas e repetições mentais que tanto me perturbam e que já mais consigo deixar passar em branco. Este imenso fundo nauseante, próprio de todas as vezes em que me atrevo a fechar os olhos, esta ausente e tão presente paz com que nem eu próprio sei dialogar.
Não compreendo esta ausência de palavras preenchida por pensamentos tão banais quão complexos são. Esta falta de bom senso mental a que a mim me faz tão pouco confortável, esta diarreia de controlos sem controlo existente que me comandam sei poder viver-me completamente e infinitamente como gostaria que pudesse ser.  

domingo, 16 de dezembro de 2012

Banalidades


Não é a saudade que me tortura, talvez este sentimento de incompletação. Esta vontade de me completar com um só elemento que tão essencial se tornou. Este velejar contra o vento incapaz de ser eficaz, esta beleza trémula que tão intensa se tornou e que a mim tanto me transformou. Como aconteceu esta transformação que uma das coisas que mudou se designa como tudo e apenas o nada se tornou banalmente igual. Todo este som que ouço e que apenas uma coisa me faz relembrar a cada minuto. Será tudo isto tão banal quanto complexo se tornou...?

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Volumosa desorientação


Esta interminável sensação de insatisfação que me poe desconfortável. Este silencio barulhento em que apenas penso naquilo que menos parece normal.
Não será apenas um passatempo de conversas, existira algo mais que possa ser produzido sem que as conversas sejam alvo desta substituição. Não pretendo criar uma argumentação em que explique os porquês de ser, mas sim explicar o que realmente é... este energúmeno e inexplicável volume de perturbação onde toda a ordem desaparece e nada parece estar no sitio onde deveria estar. Desorientação que me rouba todo o oriente e apenas me deixa um único horizonte, como se nada mais existisse e apenas uma direção fosse passível de aceitar. Este pensar interminável bloqueador de toda a criatividade mental, viciante de toda a imaginação que possa existir, esta perversidade indomável que me deixa perverso e que deixa tudo o resto comparável a um deserto onde nada mais existisse para além de pequenas miragens que passam de verdadeiras a falsas à medida que cada poeira se levanta.  

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Faltar


Saboreio o teu olhar como se de ti nada pudesse tirar. Esta tal diferença que me fazes sem saber como nem porque. Este corripar de lábios que nenhum de nos teve e ambos queremos em que apenas eu sei o quanto me envolves. Esta prisão de desejo que me deixa a querer ser livre dentro do teu corpo e apenas eu sei como te envolveria. Desceria aos baixios mais profundos onde tudo é alto e intenso, onde criarias uma espécie de indiferença em relação a tudo e a falta daquilo que te envolve te envolveria cada vez mais.
Que espécie de crença esta que nem eu sei a que deus percebe, este divino que seria tão maravilhoso onde o clima seria tão quente e oleoso... Esta intimidade obscura, tão escura, em que nem eu próprio conseguiria ver tanta perturbação física. Sentiria-te sem perguntar se podia, e tu a mim me farias tudo o que eu te faria, mutuamente e sem pensarmos se poderíamos mesmo fazer tudo aquilo.
Não é um sonho, apenas algo que se pode realizar. Este faltar onde nem eu próprio consigo parar de pensar, esta perturbação psicológica que nem eu próprio consigo minimamente controlar. Esta realidade de puro ar pertencente a dois seres que tanto sentem este calor que os impossibilita de respirar. Que visões estas que me deixam sem conseguir ver mais nada, que formas estas que me deixam sem querer sentir mais nada... Esta apenas imaginação perversa que me deixa tímido sem me perguntar se sequer me pode intimidar... Apenas um pairar de tudo em que nada existe e apenas tu me preenches sem eu próprio querer que o faças.

domingo, 9 de dezembro de 2012

1º limite


É margem de limite que me põe a necessitar de tantas outras coisas que nem eu sei explicar.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Atractiva ligação

Posso ser um vento que te deslize na pele como se te estivesse a sussurrar, um elemento que te possa criar um novo pensar e que te faça respirar como nunca respiraste, fazer-te sentir o frio e esvaziar a tua mente, ajudar-te a saborear a vida, deixar-te não conseguir parar onde a única coisa que te lembraras será de pensar, dar-te o vicio tao viciante da tao eterna noite que tantos prazeres sussurra. 
Criar uma criatura dentro de ti própria que nem tu mesma conseguiras domar, fazer-te acreditar que não sentirás e tudo será sentido, planar um só ser forte consistido por nós dois onde o nosso próprio vicio nos dumara como se desse fizéssemos parte.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Perífrase de Ser


Que perífrase de ser é este....
Como é possível tanta incoerência e beleza causarem tanta confusão.  Esta paz ensurdecedora que destrói tantos pensamentos e me põe sem poder deixar de pensar. Esta mente ingénua e crua da qual tão ser inteligente faz parte... Lua preta e sol branco que me poem sem poder olhar, que me poem apenas a ver quem não quero ver.
Há quem não saiba dizer a verdade,  há quem veja apenas o que não devia ver, há quem veja não ver o que realmente devia ver. É isso, existem seres que não são nada. Como é isto de sentir tão enorme sensação a que chamam sentimento em que nenhuma criação mental me leva para nenhum lugar. Este iludir de visões e audições que tanto me fascinam e tanto me destroem a cada minuto de fascínio. Esta repugnante realidade a que chamam sobreviver onde nem sequer podemos realmente viver. Que ser que nada parecer ser e tudo não parece destruir. Maquiavélica personagem de onde ninguém é dono e todos parecem dominar.

domingo, 25 de novembro de 2012

Pois mal


É o não ser da questão que pode ser ou não... É a verdade absoluta de uma mentira inconstante e baça. Criações estéticas abstratas que nada representam e tudo querem dizer, em que tudo o que nada está representado desaparece sem sequer ter estado presente.  É o emergir de impulsos e montanhas, vales bem profundos em que acabamos por cair e sem que doa choramos sem razão aparentemente normal. O sentir da terra áspera depois de uma tempestade. Os veios de onde toda a humidade saiu e não está mais presente, onde agora míseros parasitas os habitam e nenhuma outra coisa existe. Pois mal.

sábado, 22 de setembro de 2012

Belas formas


Estimulações de estímulos nervosos que acompanham a visão de um eterno apagão de vontade própria e racionalização humana. Uma contrarreação que acompanha uma visão ocasional onde uma simples focagem ocular faz toda a diferença, mesmo entre uma multidão imensa onde se torna até difícil encontrar nós mesmos. Ocasiões de puros momentos ocasionais onde o futuro é retratado com traços firmes e marcantes, linhas de belas formas que de tão simples e equilibradas se tornam tão especiais. Situações peculiares e extremas de tanto amorfismo onde nada nem ninguém se parece mexer e apenas as tais linhas se afastam e mudam de perspectiva ao andar diante do nosso horizonte, bem entre o chão e um pouco a cima do ponto de fuga de onde tudo parece não fazer parte. É o retrato da beldade empírica que valendo por si mesma se faz sobressair de tudo o resto e nos faz sentir que nós mesmos somos apenas um resto de tudo o resto. Apenas e só belas formas austeras que não deixam de ser isso mesmo, Belas formas.